Economia compartilhada e MLE: reduza custos com eletricidade
Você já ouviu falar sobre economia compartilhada? A busca por soluções sustentáveis tem sido cada vez mais relevante em diversos setores, e a área de energia não fica de fora dessa tendência.
Segundo dados da International Energy Agency (IEA), a demanda global por energia elétrica deve crescer em torno de 2,5% ao ano até 2040, impulsionada pelo aumento da população e do desenvolvimento econômico.
Porém, a mesma agência alerta que as emissões de gases do efeito estufa relacionadas à produção e consumo de energia devem crescer a uma taxa menor, de 0,5% ao ano, como parte dos esforços para limitar o aquecimento global em 1,5°C até 2100.
Nesse contexto, a economia compartilhada surge como uma alternativa para reduzir os impactos ambientais e os custos com energia. De acordo com uma pesquisa da consultoria PwC, o mercado global de economia compartilhada deve atingir US$ 335 bilhões em 2025.
Além disso, a adoção de energia renovável tem se mostrado uma tendência crescente no mercado, sendo que a capacidade instalada de energia renovável no mundo atingiu 2.799 GW em 2020, segundo dados da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).
Como a economia compartilhada pode influenciar a utilização e gestão de energia pelas empresas? Quais são os benefícios da adoção de energia renovável e sustentabilidade empresarial? Essas são algumas das questões que serão abordadas neste artigo.
O que é economia compartilhada?
A economia compartilhada é uma modalidade de consumo colaborativo na qual as pessoas e empresas compartilham recursos, como equipamentos, espaços e serviços, em vez de possuí-los individualmente. Essa abordagem visa maximizar o uso de recursos existentes, reduzir custos e minimizar impactos ambientais.
Um exemplo de economia compartilhada é a partilha de carros por meio de aplicativos, como o Uber e o Cabify. Em vez de possuir um carro próprio, os usuários podem utilizar o serviço apenas quando necessário, reduzindo o custo de aquisição, manutenção e combustível.
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Como a economia compartilhada pode influenciar a utilização e gestão de energia pelas empresas?
Assim como em outras áreas, a economia compartilhada pode ser uma ótima solução para as empresas que desejam reduzir custos e minimizar impactos ambientais em sua gestão de energia. Algumas formas de aplicação da economia compartilhada nesse contexto incluem:
- energia: por meio de acordos de compartilhamento de subestações, as empresas podem aproveitar a capacidade de transformação de uma instalação, por exemplo, em 138 kV para alimentar empresas vizinhas, reduzindo seus custos com energia, perdas no sistema e obtendo melhor qualidade no fornecimento. Essa abordagem pode ser especialmente útil em distritos industriais;
- recursos energéticos: as empresas também podem compartilhar instalações de geração de energia, como usinas fotovoltaicas, usinas eólicas e hidrelétricas, ao invés de possuí-los individualmente. Isso permite que as empresas reduzam os investimentos de implantação e de manutenção, uma vez que usinas de maior porte tendem a ter menores custos. Além disso, podem aproveitar os benefícios da energia renovável;
- dados de consumo: o compartilhamento de indicadores de consumo de energia e procedimentos de gestão entre empresas pode ajudar a identificar as melhores práticas em cada segmento, permitindo aproveitar oportunidades de economia e otimizar a gestão de energia. Essa abordagem pode ser especialmente útil para empresas de segmentos com características de equipamentos similares.
Energia renovável e sustentabilidade empresarial
Além da economia compartilhada, a energia renovável e a sustentabilidade empresarial são importantes fatores a serem considerados para empresas que desejam reduzir os impactos ambientais. A utilização de fontes de energia limpa e renovável e a redução de energéticos que emitem carbono são as principais maneiras de tornar a atividade empresarial mais sustentável.
No mercado livre de energia, as empresas têm a liberdade de escolher a fonte de energia que deseja contratar, escolhendo a empresa geradora que utiliza a fonte que se deseja utilizar. Isso abre espaço para a contratação de empresas que geram energia através da fonte solar, eólica, biomassa ou hidrelétrica que são limpas. Além disso, o uso de fontes renováveis de energia pode levar a uma redução nos custos de energia.
Economia compartilhada na prática
A economia compartilhada já é uma realidade em muitos setores, como o transporte e a hospedagem. No setor de energia, a economia compartilhada também está ganhando força.
Uma das formas mais comuns de economia compartilhada de energia é a geração distribuída de energia solar ou os consórcios para geração de energia. Nesse modelo, várias empresas podem compartilhar um sistema de geração de energia, que é instalado em um local onde o recurso energético é disponível e há espaço suficiente para implantar uma usina de maior porte, reduzindo os custos de investimentos e operação e manutenção para cada um dos componentes desse grupo.
Cada organização paga uma parte proporcional dos investimentos em instalação e manutenção do sistema de geração, e em troca, recebe uma parte proporcional da energia gerada. Isso pode levar a uma redução significativa nos custos de energia para as empresas participantes, que estão produzindo seu próprio insumo energético. Além disso, tem definido seu custo de produção por um longo período, permitindo aumentar a competitividade do negócio.
Em um futuro próximo, outra forma de economia compartilhada de energia poderá ser o uso de baterias de armazenamento de energia. Empresas que geram sua própria energia, podem optar por compartilhar baterias para armazenamento de energia gerada e não utilizada.
Isso permitirá que a energia gerada durante os horários de menor consumo, e não utilizada, seja armazenada para utilização nos horários onde a demanda de energia é maior ou em horários que o preço é mais elevado.
Benefícios da economia compartilhada e energia renovável para as empresas
Além de reduzir custos e impactos ambientais, a adoção da economia compartilhada e energia renovável pode trazer outros benefícios para as empresas. Alguns desses benefícios incluem:
- maior resiliência energética: Com a grande dependência das empresas em relação ao mercado de energia elétrica e às variações da matriz energética podem causar grandes prejuízos ao cumprimento das metas de sustentabilidade. A adoção de energia renovável e economia compartilhada pode ajudar as empresas a serem menos dependentes do mercado e, assim, aumentar a resiliência energética sustentável;
- melhor imagem da empresa: A adoção de práticas sustentáveis pode ajudar as empresas a melhorar sua imagem perante os consumidores e a sociedade em geral. As empresas que adotam a economia compartilhada e energia renovável estão demonstrando preocupação com o meio ambiente e com o futuro das próximas gerações, o que pode melhorar significativamente a imagem da empresa e crescimento do seu negócio;
- mais competitividade: As empresas que adotam práticas para assegurar sua sustentabilidade, como a economia compartilhada e a energia renovável, podem se tornar mais competitivas no mercado, uma vez que dependem menos das variações de preços do mercado. Afinal, ao dispor de sua própria produção de energia ou compartilhamento de instalações, define seus custos e sua competitividade por longos períodos;
- redução da pegada de carbono: A adoção de energia renovável e economia compartilhada pode ajudar as empresas a reduzir sua pegada de carbono e, assim, contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Isso é especialmente importante em um momento em que a mudança climática se tornou uma das maiores preocupações globais.
Como implementar a economia compartilhada e energia renovável nas empresas?
Para implementar a economia compartilhada e energia renovável nas empresas, é necessário seguir alguns passos importantes. Primeiro, é preciso fazer um levantamento das necessidades energéticas da empresa e identificar as possibilidades de adoção de energia renovável. É importante buscar alternativas viáveis e que estejam de acordo com as características da empresa.
Em seguida, é importante avaliar a possibilidade de adoção de práticas de economia compartilhada. Nesse sentido, é importante identificar as possibilidades de compartilhamento de recursos com outras empresas e parceiros, buscando alternativas que sejam viáveis financeiramente e que contribuam para a redução dos custos operacionais.
Por fim, é fundamental investir em tecnologias e equipamentos que sejam eficientes e que contribuam para a adoção da energia renovável. Uma consultoria especializada, como a Replace Consultoria, pode ajudá-lo a percorrer esse caminho.
Essas são tendências que estão ganhando cada vez mais espaço no mercado empresarial. A adoção dessas práticas pode trazer inúmeros benefícios para as empresas, como a redução de custos, a melhoria da imagem frente a consumidores cada vez mais conectados às questões ambientais.