Qual a diferença entre uma geradora e uma comercializadora de energia?

Qual a diferença entre uma geradora e uma comercializadora de energia?

Antes de entendermos quais as principais diferenças entre uma comercializadora e uma geradora de energia, é importante compreendermos primeiramente o significado do ACR (Ambiente de Contratação Regulada) e do ACL (Ambiente de Contratação Livre) e suas diferenças.

Ambas as siglas se referem aos modelos de compra de energia, e a partir do entendimento do funcionamento e dinâmica de cada uma, podem haver grandes diferenças nos gastos com as contas de energia. Continue lendo esse conteúdo para saber todos os detalhes!

Como funciona o ACR?

O Ambiente de Contratação Regulada (ACR) é formado pelos consumidores cativos. A dinâmica desse ambiente é que a energia é comprada pelas distribuidoras por meio de leilões, e a tarifa para o consumidor é determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O consumidor também paga pelo uso do sistema elétrico da distribuidora. Esses dois custos são cobrados na mesma fatura.

Ou seja: esse tipo de consumidor só pode comprar energia elétrica da concessionária que é responsável pela distribuição em sua região, do modelo mais comum para residências e pequenas empresas.

A tarifa de energia elétrica paga pelo consumidor é também influenciada pelas bandeiras tarifárias definidas pela ANEEL de forma mensal. Quando há necessidade de despachar usinas termelétricas, em função de restrições das usinas hidrelétricas  — em períodos de seca, por exemplo —, há um acréscimo nas tarifas por conta das bandeiras.

Entendendo o ACL

Já o Ambiente de Contratação Livre (ACL) é conhecido também como Mercado Livre de Energia. Neste ambiente de negociação, é possível que os consumidores negociem as condições de compra de energia elétrica diretamente com as geradoras ou comercializadoras.

Nesse ambiente, o consumidor mantém dois contratos: um com a distribuidora, pelo uso do sistema elétrico, e outro com a geradora e comercializadora, que será a responsável por fornecer a energia.

A fatura paga pelo serviço de distribuição feito pela concessionária local tem preço regulado. Já as condições referentes a preço, prazo e volume de energia são livremente negociadas entre o consumidor livre e a geradora ou comercializadora.

Agora que já ficou mais claro sobre os dois ambientes, vamos às diferenças entre uma comercializadora e uma geradora de energia.

O que é uma comercializadora de energia?

As empresas comercializadoras são empresas constituídas para comprar e vender energia. Elas realizam a compra de energia por meio de contratos bilaterais com geradoras ou outras comercializadoras no ambiente livre, e revendem essa energia para os consumidores livres, geradores, outros comercializadores ou para distribuidoras de energia.

As comercializadoras dão liquidez ao mercado de energia e oferecem produtos diferenciados para atender adequadamente seus clientes, sejam consumidores livres, geradores ou outros comercializadores. 

Existem dois tipos de comercializadoras que atuam no mercado: a comercializadora atacadista, que fornece energia para consumidores livres ou a especial, que utiliza agentes de mercado e participam da CCEE. Esses consumidores devem seguir todas as regras e procedimentos de mercado.

O comercializador varejista é uma organização que atende aos consumidores livres ou especiais que não são agentes da CCEE. São responsáveis perante a CCEE, para atender todas as regras de mercado, e respondem por todas as obrigações dos consumidores por ela representados. 

O comercializador de energia deve ter expertise para gerenciar seu portfólio de contratos de compra e venda de energia. A gestão de riscos é uma exigência e prioridade para gestão de seu negócio. Seus lucros estão associados a conseguirem sempre manter o preço médio de venda superior ao custo médio de compra. 

As geradoras de energia elétrica

As geradoras de energia elétrica, ou geralmente conhecidas como as usinas de energia, são estruturas responsáveis pelo processo de transformação de fontes (renováveis ou não) em eletricidade. Segundo dados da CCEE, em 2020, o Brasil ultrapassou a marca de duas mil usinas de geração de energia elétrica em funcionamento.

As usinas geradoras podem vender a energia gerada para consumidores livres e especiais, comercializadores de energia e outros geradores. Os geradores têm a mesma liberdade para fazer as operações de comercialização de maneira similar às comercializadoras. Essas empresas têm por objetivo maximizar sua receita para remunerar os investimentos efetuados na usina e cobrir seus custos de operação e manutenção. 

É importante entendermos que as comercializadoras e as geradoras de energia são instituições diferentes que cumprem papéis similares na comercialização de energia. No entanto, operam com princípios diferentes.  

Os geradores, além de serem responsáveis por investir na construção da usina que vai produzir energia para consumo, buscam receitas estáveis de longo prazo para maximizar o retorno de seus investimentos. 

Já os comercializadores, que são organizações puramente comerciais, buscam maximizar o número de operações de modo a assegurar preços médios de venda superiores aos custos médios de compra. 
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