Quando se trata de energia solar, uma das dúvidas recorrentes dos consumidores é o como se dará o abastecimento de energia em períodos com pouca ou nenhuma incidência de raios solares, como dias nublados, chuvosos ou à noite. 

Para responder a essa pergunta, é importante saber que a geração de energia do painel fotovoltaico varia de acordo com a intensidade e o número de horas que recebe o sol. Nos dias nublados, a geração vai ser menor que nos dias ensolarados. Da mesma forma, nos dias com mais horas de sol, o volume de energia gerado será menor que nos dias mais curtos. À noite, não há geração de energia. 

Mas isso não significa que os consumidores dessa fonte de energia renovável não terão acesso à eletricidade durante os períodos de menor geração. A seguir, vamos explicar como o painel solar funciona e as alternativas para esse desafio.

Como o painel fotovoltaico funciona?

O painel fotovoltaico é capaz de converter a energia emitida pelo sol em energia elétrica, a partir das células fotovoltaicas. Isso porque os fótons, partículas da luz solar, energizam os elétrons dos átomos de silício quando entram em contato com a célula fotovoltaica, tornando-os positivos e, consequentemente, criando uma corrente elétrica contínua. Essa corrente é transportada até o inversor solar, responsável em converter a energia gerada pelo sistema para as características da rede elétrica.

A geração de energia solar é plena, com o melhor desempenho, nos dias ensolarados e, sobretudo, em horários de maiores incidências de raios solares. Isso ocorre porque ele  precisa da luz solar para gerar eletricidade.

Dessa forma, em dias chuvosos, quando a luz solar está encoberta por nuvens, ou em dias quando não há tanta claridade, a geração de energia ocorre em menor intensidade. À noite, quando não há incidência da luz solar, a energia não pode ser gerada.

Qual a função dos inversores de frequência? 

A energia gerada pelos painéis solares é similar à que se obtém através de pilhas ou baterias. É a chamada corrente contínua. A energia é gerada, na maior parte dos equipamentos, na tensão de 12 Volts até 40  Volts, dependendo do fabricante. A energia gerada precisa ser convertida em corrente alternada em 110 ou 220 Volts. essa conversão é feita pelos inversores de frequência.  

Uma solução mais usual é a conexão da geração fotovoltaica ao sistema elétrico local. Nos momentos em que a geração de energia é maior que o consumo, a energia excedente é injetada na rede da concessionária. Quando o consumo é maior que a geração, como por exemplo nos dias nublados ou à noite, a energia é fornecida pela concessionária local.

Esses são os chamados sistemas fotovoltaicos on-grid, que utilizam as redes elétricas para garantir o fornecimento de energia durante todo o tempo. Atualmente é a forma mais econômica para contribuir com a sustentabilidade.

Sistemas fotovoltaicos com baterias

Uma alternativa para continuar consumindo energia solar em momentos de pouca incidência de raios solares é a utilização de baterias. Atualmente, existem três tipos: de chumbo-ácido, níquel-cádmio e íons de lítio. As duas primeiras são muito utilizadas no Brasil, porém, possuem vida útil mais baixa.

Estas baterias são muito semelhantes àquelas utilizadas em automóveis, enquanto a bateria de íons de lítio é próxima ao modelo utilizado em celulares. Embora essa opção não seja muito comum no Brasil, já é utilizada em outros países, tendo como principais benefícios a durabilidade e a capacidade de armazenamento.

Basicamente, as baterias fazem parte dos sistemas off-grid, ou seja, sem conexão com a rede elétrica. Toda energia solar que é produzida durante o dia, mas não é consumida imediatamente, pode ficar armazenada na bateria por tempo indeterminado, sendo utilizada no período noturno e em períodos de chuvas sequenciais.

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