A TotalEnergies e a Siemens, junto com outras 44 empresas europeias, enviaram uma carta aos líderes da França e da Alemanha pedindo a revogação da Diretiva de Due Diligence em Sustentabilidade Corporativa (CSDDD) — uma das principais legislações ambientais da União Europeia.

As companhias argumentam que eliminar a norma demonstraria o compromisso dos governos em restaurar a competitividade econômica do continente. A CSDDD, aprovada em 2024, obriga grandes empresas a monitorar e mitigar impactos ambientais e de direitos humanos em toda a cadeia de fornecimento, sob risco de multas de até 5% do faturamento global — medida que tem provocado forte oposição empresarial.

Regulação Ambiental e Competitividade no Setor Energético

A Siemens afirmou que o documento expressa a necessidade de revisar o excesso de regulação na Europa, incluindo leis de concorrência e burocracia, que estariam limitando a inovação tecnológica e o crescimento industrial.

Para o grupo, eliminar certas obrigações de sustentabilidade seria um passo concreto para reduzir a complexidade regulatória, especialmente em setores de infraestrutura e energia, onde os ciclos de investimento são longos e o capital é intensivo.

Embora a Comissão Europeia já discuta ajustes na diretiva, o pedido da TotalEnergies e da Siemens vai além, propondo sua revogação completa.

O Desafio Técnico da Sustentabilidade no Setor de Energia

Esse movimento empresarial reacende um debate central na agenda energética europeia:
até que ponto a regulação ambiental tem se tornado um entrave à competitividade das empresas de energia?

A norma impõe às grandes corporações uma estrutura de monitoramento e mitigação de impactos ambientais de alta complexidade operacional — e custo elevado.

Na prática, a multiplicação de exigências, certificações e auditorias consome recursos que poderiam ser direcionados à inovação, digitalização e eficiência energética.

Consultoria Estratégica e Eficiência Regulatória

Para empresas do setor energético, entender e adaptar-se a esse contexto é fundamental.
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Nosso objetivo é transformar a sustentabilidade em um vetor de eficiência e competitividade, e não em um obstáculo ao crescimento.

O equilíbrio entre controle, custo e resultado é essencial. A revisão da CSDDD — ou de marcos semelhantes — deve ser vista como uma oportunidade de alinhar regulação e realidade econômica, promovendo uma transição energética mais coerente e viável.